Sofia Maia. Sabedoria,
aquilo que os meus pais desde cedo me quiseram incutir. Maia, nome de origens
antigas, passado de geração em geração. Nascida a dois passos de saltar para o
século XXI.
Vivi a minha infância rodeada
pela natureza, o inevitável cantar dos passarinhos ao amanhecer, o som dos
grilos quando o sol se escondia e deixava a lua brilhar… Tudo isso me fascina
até hoje.
Aplicada, curiosa, sempre
pronta para aprender mais, era essa a imagem que as pessoas à minha volta
tinham de mim. No entanto, também sabiam da teimosia que me era característica,
que ainda hoje e sempre fará parte de mim.
Desde cedo me habituei ao
silêncio. Um silêncio cheio de sons, repleto de pensamentos e dúvidas que por
tantas vezes me preencheram. Sempre gostei de estar comigo mesma, e essa é das
maiores lembranças que tenho do meu passado.
Entrei para a escola e ao
longo dos dez anos que se passaram desde então a minha vida tem sido feita de
rotinas, como acontece com todos nós. Todas as manhãs vou para a escola, onde
passo grande parte do meu tempo, volto para casa para almoçar e por lá fico
grande parte das vezes a estudar e a fazer o que um típico adolescente faz.
Que vida tão monótona, hã?!
Mas como é possível alguém de quinze anos ter memórias suficientes, dignas de
serem escritas num texto como este? Oh sim, claro que já vive momentos
maravilhosos, muitos deles até! Mas isto é apenas o início de uma vida, há
tantos outros momentos por criar… E aí talvez eu consiga terminar este texto
sem ter presente a sensação de que falta algo mais. Um dia talvez o faça.
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