quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

 
 
Nasci a 19 de Fevereiro de 1491, numa familía da burguesia portuguesa.
Sempre vivi em Lisboa onde fiz vários amigos e onde, em 1511, completei os meus estudos. Trabalhei alguns anos como comerciante em Lisboa, comerciava os produtos trazidos pelos portugueses das terras longínquas que haviam descoberto. Vivia bem em Lisboa, o meu trabalho era bastante lucrativo, contudo o meu sonho sempre foi conhecer locais novos e viajar para outras regiões do mundo. Assim em 1915 alistei-me para uma viagem a uma das colónias portuguesas para ajudar a trazer de lá riquezas para Portugal.
A viagem de ida foi calma, o mar não estava muito agitado e apanhámos bons ventos, atravessámos assim facilmente o Oceano Atlântico.
Quando chegámos a terra firme fiquei encantado com a beleza daquele sitio estranho e desconhecido. Ficámos alguns dias a carregar todas as embarcações da frota do rei D.Manuel I. Ao fim de três dias estávamos a levanter ancora. 
Fiquei a contemplar aquelas terras do barco até desaparecerem por complete no horizonte.
Tudo coria bem até que depois de quarto dias de navegação o céu começou a ficar negro como se tivesse ficado de noite, o calmo silêncio do alto mar foi substituido pelos estrondos dos trovões mais fortes do que os canhões do navio. Começou a chover torrencialmente, as velas foram recolhidas para não serem danificadas pelos fortes ventos que sopravam. A água que se acumulava no convés era retirada com baldes pelos marinheiros, estávamos no meio de uma tempestade.
Passado algum tempo o barulho dos trovões tinha cessado, o céu voltara a estar Azul e a calma reinou novamente, contudo dois dos navios da frota desapareceram, provavelmente afundaram-se. Eram dois dos navios que transportavam pólvora, armas, balas de canhão e que faziam parte da escolta que acompanhava o grande navio com todos os tesouros das novas terras portuguesas.
Continuámos a nossa viagem de regresso.
Passados alguns dias estavamos já perto da nossa terra, contudo a sorte não nos estava destinada para esta viagem, ao largo do oceano vislumbrava-se um barco pequeno, rápido e que vinha na nossa direção, não foi preciso muito tempo para nos apercebermos que se tratava de um ataque de piratas. De imediato os navios da escolta prepararam as armas esperando o ataque, na esperança de proteger o valioso espólio do grande navio. A batalha durou pouco tempo, contudo foi o suficiente para afundar o barco pirata e, infelizmente, também o grande navio com todas as suas riquezas.
Conseguimos chegar a Portugal passados alguns dias.
Depois desta viagem em que quase perdi a vida decidi voltar ao meu antigo trabalho de comerciante, em Lisboa. Foi também em Lisboa que, em 1517, conheci a mulher da minha vida com quem me casei e com quem tive um filho.
Hoje já estou velho e cansado e recordo estes acontecimentos da minha vida que me ajudaram a crescer e a tornar-me no homem que sou.

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