sábado, 28 de fevereiro de 2015

O meu percurso até ao dia de hoje

O meu nome é CMSG, nasci em Luanda a 20 de março de 1998. Tenho 16 quase 17 anos.
Frequentei uma ama antes de ir para o infantário onde permaneci até ao fim do meu 4º ano.
Entrei para a escola primária com quase 7 anos de idade. Penso que foram os melhores anos desta curta vida que já percorri.
Desde os meus 8/9 anos que jogo futebol não num clube mas com os meus amigos. Tenho o sonho de um dia ser jogadora profissional.
Após completar o ensino primário com boas notas vim para Portugal, onde continuei os meus estudos.
Em 2008, ganhei mais um irmão que hoje tem 6 anos.
Em 2009, entrei para um clube de futebol nos olivais estive lá durante uma semana, pois, os treinos eram tarde e por isso não pude continuar.
Em 2011, ganhei uma irmã que completou este mês 4 anos.
Em 2013, depois de ter perdido o meu avô e ter acabado o 9º ano, mudei de casa onde pude conhecer algumas pessoas fantásticas e outras menos fantásticas.
Hoje, estou no 11º ano em Linguas e Humanidades sem chumbar e, posso dizer que tenho uma boa vida perto dos meus 3 irmãos e perto dos meus pais.
E esta sou eu !

Cartas ao meu querido pai ..

Querido Pai, nunca pensei em escrever-te esta carta, após 7 anos da sua ausência, senti a coragem em escrever-te e dizer-te que cada dia que passa, eu pergunto a Deus se irei aguentar.
A dor que sinto é tão grande que não sei como explicar, dizer isso é pouco, gostaria de ter a oportunidade de dizer-te que a saudade que sinto não cabe aqui, essa saudade que insiste em doer, em dizer que  partiste de uma maneira inesperada, e que para sempre vai doer enquanto eu lembrar da palavra "saudade", só consigo consolar-me quando lembrar-me que és o meu maior orgulho e que  essa saudade  não é maior e nem melhor do que o amor que me deste, nem mais presente que as boas lembranças que tenho de ti, apesar do pouco tempo que passamos juntos.
 É com essa saudade, Pai, que engano-me todos os dias com a certeza de que em alguma forma estás  aqui comigo sempre.
  Sinto-me tão sozinha ainda hoje quando lembro da minha infância em que tinha sempre um ombro amigo que não me deixava nem por um instante sequer, sempre atento em tudo que fazia, de momentos que passei ao seu lado , do seu sorriso, da sua voz e principalmente daquele olhar em que jamais esquecerei .
 Lembro-me dos abraços longos e das nossas brincadeiras.
De repente tudo mudou por completo, foste embora sem avisar e agora tento mentalizar-me de que és o meu anjo protetor que me guias todos os dias.
Sou muito grata pelo amor que deste-me e que hoje fez-me ser uma boa pessoa.
Sei também que fizeste de tudo para que nada me faltasse e tentas-te sempre ser o melhor pai do mundo para mim.
Hoje orgulho-me em dizer que sou a pessoa mais feliz do mundo porque o meu pai foi o meu herói na terra e agora o meu anjo no céu!
Saudades é tudo o que fica, de quem não pôde ficar.
Eternas saudades... Pai 

                                                                                                                                          Lihanny
Nasci a 16 de Junho de 1997, no Hospital Dr. Agostinho Neto, na cidade da praia, Cabo-verde.
A minha infância foi feliz e muito divertida.
Quando completei 7 anos de idade entrei para a escola primária da qual tenho boas recordações dado que adorava aprender coisas novas.
Tenho recordações de ser bastante feliz ao lado dos meus amigos em que a hora do recreio era o nosso tempo preferido.
Neste período marcou-me também a minha professora que era muito exigente mas também amiga.
Depois de completar o ensino primário com bom aproveitamento em praia, viajei para Portugal, onde concluí os meus estudos.
Na altura houve mudanças em tudo, principalmente na valorização da amizade, pois tinha deixado os meus amigos para trás, mas com o tempo habituei-me a um novo ambiente, com regras e pessoas muito diferentes.
Isto fez-me perceber que as pessoas são parecidas em todo lado, temos de as conhecer e respeitar.
Sou uma pessoa bem-humorada, alegre, mas tenho um feitio especial bastante complicado por vezes.
Sou muito compreensiva, boa ouvinte e sociável.
Adoro jogar voleibol, ver televisão e sair com os meus amigos.
O meu maior sonho é concluir os meus estudos e trabalhar num hotel .

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Diário( Preguiça) de um adolescente

Querido Diário,

    Hoje o dia correu-me bem. Não fiz nada nas aulas, joguei voleibol num dos intervalos e no outro, estive sentado no banco a ouvir música do meu telemóvel com os auriculares. Que dia é hoje? Não sei, tenho preguiça de ver no telemóvel. E é disto que venho falar hoje contigo. Da minha preguiça.
    Não sei se é da idade adolescente, mas eu não quero fazer nada. Só me apetece comer, dormir e jogar voleibol. Sinto-me muito estúpido porque podia ter uma média de 15, 16 e tenho uma média de 9, 10. Tudo isto é fruto da minha ignorância e da minha preguiça. Lembro-me de quando tinha 9 anos e acordava às 10 da manhã aos sábados e domingos para inventar trabalhos de casa e resolvê-los. Não via muita televisão, passava muito tempo no computador, mas só depois de três horas de estudo por dia. E agora? Tenho dezasseis anos e não me levanto antes das treze horas. E se levanto, é para comer. Meto o telemóvel, aliás, os telemóveis a carregar duas vezes por dia, porque não os largo. E é esta a minha vida. Não estudo, e tiro nega nos testes. 
    Agora diz-me diário, é isto que eu quero para a minha vida? Eu sei que não. Não consigo evitar, a cama é uma tentação, e dormir sabe mesmo bem. Mas eu sei que consigo melhor. Apenas preciso de motivação. 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A minha pequena vida.

     Nasci no ano de 1998,  no dia 5 de Julho ás 14 horas e 5 minutos no elevador do hospital São Francisco Xavier. Passaram 16 anos quase 17 e nesta viagem da minha vida, já cometi alguns erros, talvez o mais grave que se possa cometer´ao longo da minha vida, o qual me envergonha e que me massacra todos os dias.
    No ano de 2014, o meu irmão mais velho passou pela fase mais difícil da vida dele, e nessa altura, eu abandonei-o. Deixei-o sem lhe dar uma única explicação, e tudo por causa de um "amor", pensava eu. Mesmo depois dos avisos da minha mãe e do meu padrinho sobre o tal rapaz,eu errei. Sai de casa, para ir para casa do meu pai para poder estar com ele. Foi o maior erro da minha vida, pois o meu irmão estava internado entre a vida e a morte, e eu nem pensei no que poderia acontecer a vida do meu irmão, fui egoísta,apenas pensei na minha suposta felicidade, e não olhei para o sofrimento do meu irmão.
 O meu irmão venceu a doença e agora está forte. Por vezes quando olho para ele sinto tanta mágoa de o ter magoado na altura em que ele mais precisava de mim,mas sei que não há nada que possa mudar o meu erro, as desculpas não chegam para a minha cobardia.
  Agora,resta a lição de vida que o meu irmão me deu. Com tudo isto acabei por mudar a minha maneira de ser e ver tudo o que acontece á minha volta e o que é realmente importante,a família,porque apesar de todos os meus erros,a família é sempre quem está ali para nos apoiar e para nos receber,mesmo depois de tudo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015


Sofia Maia. Sabedoria, aquilo que os meus pais desde cedo me quiseram incutir. Maia, nome de origens antigas, passado de geração em geração. Nascida a dois passos de saltar para o século XXI.

Vivi a minha infância rodeada pela natureza, o inevitável cantar dos passarinhos ao amanhecer, o som dos grilos quando o sol se escondia e deixava a lua brilhar… Tudo isso me fascina até hoje.

Aplicada, curiosa, sempre pronta para aprender mais, era essa a imagem que as pessoas à minha volta tinham de mim. No entanto, também sabiam da teimosia que me era característica, que ainda hoje e sempre fará parte de mim.

Desde cedo me habituei ao silêncio. Um silêncio cheio de sons, repleto de pensamentos e dúvidas que por tantas vezes me preencheram. Sempre gostei de estar comigo mesma, e essa é das maiores lembranças que tenho do meu passado.

Entrei para a escola e ao longo dos dez anos que se passaram desde então a minha vida tem sido feita de rotinas, como acontece com todos nós. Todas as manhãs vou para a escola, onde passo grande parte do meu tempo, volto para casa para almoçar e por lá fico grande parte das vezes a estudar e a fazer o que um típico adolescente faz.


Que vida tão monótona, hã?! Mas como é possível alguém de quinze anos ter memórias suficientes, dignas de serem escritas num texto como este? Oh sim, claro que já vive momentos maravilhosos, muitos deles até! Mas isto é apenas o início de uma vida, há tantos outros momentos por criar… E aí talvez eu consiga terminar este texto sem ter presente a sensação de que falta algo mais. Um dia talvez o faça.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Porto será sempre a minha casa

Nasci a 16 de março de 1970, no Porto. Como filha única de uma família proprietária de umas famosas Caves do vinho do Porto, tive uma infância feliz e protegida.
Passei a minha infância entre a casa dos Aliados, onde com frequência havia grandes festas e jantares com elementos da alta sociedade portuense, e a quinta no Douro.
Durante os passeios que costumava dar com a minha mãe pelo Porto, sempre que passávamos pela Ribeira lembro-me de ver as crianças a saltar da ponte D. Luís para o Douro. Eu como criança de espírito aventureiro também o desejava fazer. Uma vez perguntei à minha mãe se também poderia saltar e esta, em pânico, imediatamente me disse que nunca mais pensasse em tal coisa pois seria um enorme escândalo e uma grande vergonha para os meus pais. Ainda acrescentou que uma menina como eu nunca poderia fazer tal coisa e, para além disso, iria estragar o vestido e os sapatos que o meu pai tinha trazido numa das suas viagens de negócios a Inglaterra e que lhe tinham custado bastante dinheiro.
Cresci com filhos de gente importante mas não os considerava como meus amigos pois estes eram bastante diferentes de mim. Eu sentia-me oprimida e não gostava de ter sempre de seguir as regras socialmente impostas (para não ser julgada pelos amigos dos meus pais). Esses amigos que me tentavam impor, adoravam essa forma de estar na vida, achavam-se superiores, eram arrogantes e bastante cruéis para as crianças que andavam connosco na escola mas que, supostamente, seriam de um estatuto social inferior ao nosso. Entre eles, apenas um era diferente, o Ricardo, que eu considerava meu amigo, pois na escola era forçada a conviver com os filhos dos amigos dos meus pais e nos meus tempos livres não estava autorizada a sair de casa sozinha.
Na minha adolescência fui conquistando um pouco mais de liberdade. Continuava a ter de conviver com os jovens de alta sociedade nas festas e na escola para não parecer mal, mas fora disso divertia-me a passear pelas ruas do Porto e sempre que passava pela Ribeira continuava a admirar secretamente as crianças que saltavam para o rio. Eu e o Ricardo aproximámo-nos muito, pois éramos o único verdadeiro amigo um do outro e éramos bastante parecidos. Nenhum de nós gostava dos outros nem da opressão a que essa vida levava, por isso, sem os nossos pais saberem, fartávamo-nos de fazer brincadeiras pela cidade. Passeávamos pelos parques e pelas ruas, conversávamos horas sem fim, imaginávamos o que poderíamos fazer se não tivéssemos regras. Corríamos as livrarias da cidade (pois ambos adorávamos ler), mas a nossa preferida e onde passávamos a maioria do nosso tempo era a livraria “Lello e Irmão”.
Os anos passaram e quando tinha dezoito anos, em 1988, os meus pais faleceram, vítimas de um acidente aéreo. A sua morte foi o grande ponto de viragem da minha vida. A minha relação com o Ricardo, por quem já estava perdidamente apaixonada, evoluiu e começamos a namorar. Decidi ir para a Islândia tirar uma licenciatura em geologia (o Ricardo foi comigo) mas antes de partirmos fiz o que sempre quis fazer, e saltámos os dois da ponte de D. Luís para o rio.
Depois de ambos termos terminado os nossos cursos, decidimos gastar o dinheiro que tínhamos herdado dos nossos pais (os pais do Ricardo faleceram enquanto estávamos na Islândia) viajando pelo mundo fora. Conhecemos tantos lugares maravilhosos e vivemos experiências inesquecíveis. Casámos em Paris, na cidade do amor, em 1995.
Voltámos para o Porto quando o dinheiro se acabou (o que sempre planeamos). Nenhum de nós queria viver à custa do dinheiro dos pais, nem ter a vida social que costumávamos ter, mas queríamos construir uma vida no Porto que era uma cidade que nos era tão querida. Ali no Porto, fomos viver para um apartamento modesto e mais tarde mudamo-nos para uma casa um pouco maior e com o suor do nosso trabalho, construímos a vida que sempre desejámos. 
Em 1997 e 1999, tivemos duas filhas, a Emma e a Emily, duas meninas muito perspicazes e inteligentes, de quem eu me orgulho muito.
A casa onde vivemos, é uma bela casa, confortável e acolhedora, e muito bem decorada mas não é isso que eu mais gosto nela… É a sua localização, a nossa casa é mesmo em frente da nossa livraria preferida, a livraria “Lello e Irmão”, que hoje é bastante conhecida e à qual foram atribuídos vários prémios e distinções a nível internacional devido à sua beleza. Hoje em dia também é reconhecida pelo facto de ser sido uma inspiração para a famosa saga do “Harry Potter”. J. K. Rowling, quando vivia no Porto, costumava frequentar a livraria (infelizmente nenhum de nós se lembra de se ter cruzado como ela) e inspirou-se nela para criar os cenários das suas obras. Quando ouvimos falar dos livros e, apesar de estarem classificados como livros juvenis, resolvemos lê-los ficámos apaixonados. Ao ver os filmes, vi-mos os diferentes cenários (as lojas da Diagon-al, as escadarias do castelo,  Hogsmeade e, Hogwarts em si) e lembrávamo-nos sempre da livraria e das nossas memórias com ela relacionada. Esta saga tornou-se algo bastante importante para a nossa família, pois as nossas filhas (talvez por “contágio emocional”) também se apaixonaram pela saga. Houve vários carnavais em que nos mascarámos de personagens, todos temos mantos feitos à medida e uma coleção de artigos relacionados com a saga espalhados pela casa (até o nosso tapete da entrada diz “Welcome to Hogwats”), bem como um monte de piadas privadas relacionadas com a saga.
Até agora vivi uma vida feliz e sinto-me bastante realizada. Fiz algumas asneiras na minha vida mas não me arrependo de nenhuma delas, pois tudo o que experienciei faz de mim o que sou hoje e não mudaria nada. Espero agora para ver o que a vida ainda me trará, com a certeza que não mais negarei um único salto para o Douro.






quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Autobiografia - Senhor Emergência

Eu Senhor Emergência nasci a 16 novembro de 1999, no hospital S. Francisco Xavier em Belém-Lisboa, Portugal.
Filho de Carlos, empresário no ramo da hotelaria e Paula escritora, inventora e investigadora na área da gestão e inovação.
Tenho vivido sempre com a minha mãe no Cacém e tenho tido pouco contacto com o meu pai.
Desde cedo participei em trabalhos de televisão, como: novelas nacionais (exemplo: “Todo tempo do mundo”, “Jardins proibidos”, filmes (ex:”Comboio noturno para Lisboa” e publicidades (ex: TV cabo”) e na imprensa escrita (Ex: Yoco-revista pais e filhos);
Comecei a jogar futebol no Atlético clube do Cacém, aos 4 anos. Aos 5 anos de idade fui praticar futebol no S.L.B com fé de vir a ser um jogador profissional aos 17 anos;
Na escola básica, entre várias atividades fiz parte das iniciativas do clube de música a tocar guitarra clássica, porque tinha estado no conservatório durante 4 anos. Na atividade extracurricular da modalidade ténis obtive oito medalhas em torneios no clube de ténis do Estoril onde deveria ter ido para os nacionais competir mas como um professor responsável pelas atividades desportivas da escola não assinou a inscrição no prazo certo, não pude participar nos nacionais. Também participava na atividade extracurricular canoagem/vela. Praticávamos na costa de Cascais e também fiquei apurado nas provas de canoagem no Jamor, mas pela mesma razão da falta da inscrição no prazo certo pelo mesmo professor não pude ser classificado. Devido ao intercâmbio das atividades da escola básica e secundária, a modalidade de canoagem contínuo no ensino secundário onde reencontrei a professora antiga que dá as aulas de canoagem na escola secundária.
Sempre frequentei escolas púbicas.
No futebol pretendo tornar-me profissional e obter condições financeiras para poder estudar numa boa universidade.
Normalmente quando chego do futebol venho para casa de transportes públicos e por isso janto tarde quase à meia-noite com dores nos pés e as vezes lesões e no dia seguinte tenho que acordar cedo para ir para a escola. A minha sorte é que eu e a minha mãe fazemos uma boa equipa, sem trabalho de equipa não era possível tanto esforço e persistência.
Estas experiencias tem contribuído bastante para a minha formação pessoal e social, porque conheço diferentes grupos de pessoas interessantes e conhecimentos.
Pretendo ser também um bom engenheiro químico.
Espero vir a ser recompensado na vida profissional.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Maldita hora em que me lembrei de fazer arrumações!
Aquelas caixas velhas para além de pó e aranhas, tinham milhões de histórias e recordações, nem todas agradáveis de relembrar. Algumas até tinham tentado fugir daquelas caixas para assombrar a minha vida.
Aquele recibo, que nada mais era que a conta do nosso jantar, fez lembrar-me de um passado que tenho procurado esconder.
Não queria que a família que construi ficasse a saber a minha origem. Origem que tentava esquecer.
Fui uma criança feliz e nada me faltou. Tive uma mãe carinhosa, atenta e sempre pronta a ajudar. O meu pai era espectacular e muito bondoso. Ou seja, tinha os pais perfeitos! É verdade que não era muito parecido com os meus pais nem os meus irmãos. Algumas pessoas, às vezes, faziam comentários. No início, não ligava, mas com o passar do tempo aquelas conversas chateavam-me.
Mas naquele dia ouvi a conversa que iria destruir a minha vida. Os meus pais falavam de alguém que insistia em voltar. Claro que naquele momento não achei que aquela conversa pudesse ter a ver comigo. Mas, curioso como sou, quis perceber de quem se tratava. Acabei por descobrir que a pessoa que queria voltar era a minha mãe biológica. Aquela que não hesitou em me deixar em troca de alguns escudos, que foram mais importantes que a minha felicidade.

Depois de muita insistência, acabei por convencer os meus pais a contar-me a verdade. Poucos dias depois consegui marcar um encontro com aquela mulher. Tentei imaginar como seria. Se afinal seria parecido com ela. Escolhi um restaurante discreto. Cheguei mais cedo do que o combinado. Não precisei que ela se apresentasse pois já sabia que era a pessoa por quem eu aguardava. Eu era extremamente parecido com ela. Aquela conversa revelou uma mulher muito diferente daquilo que eu gostaria. Era fria, distante e egoísta. Não havia nenhuma história triste para me contar, nem arrependimento. Apenas o desejo de que a pudesse ajudar interessava para aquele jantar. Saímos em silêncio, mas precisei guardar alguma recordação daquela mulher. Não encontrei nada melhor do que o recibo daquele restaurante, para jamais esquecer que o passado que devemos recordar pode ser sempre aquele que nos faz mais feliz.  

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

9 de Fevereiro de 1916




Querido diário,


Ainda me lembro como se fosse ontem do dia em que o conheci. Foi na livraria Lello, no Verão quente de 1914. Estava encostado a uma estante, com um ar despreocupado, natural. Viu-me e sorriu. Senti-me corar. Ele veio falar comigo. Nunca me tinha preocupado muito com a minha aparência, porém nesse momento senti-me consciente dos meus caracóis loiros despenteados, do meu vestido de menina… Disse-me olá. Balbuciei algo parecido a um olá. Ele viu para além da minha figura desastrada e nesse dia falámos por horas. Encontrámo-nos ali todos os dias dessa semana, fomo-nos aproximando. O Verão foi magnífico e o último dia perfeito. Estávamos sentados num banco à beira do rio Douro. Ele brincava com o meu cabelo despreocupadamente. Eu estudava as suas expressões, parecia distante, envolto em pensamentos. Os seus olhos eram azuis como o mar em dia de tempestade e fitavam-me. Fiquei preocupada e devia. No momento seguinte, ele disse a pequena palavra que ia mudar tudo. 
Agora acabou repentinamente, sem porquês, sem razões. Diria que estou devastada, mas não estou. Conclui que apenas podemos sentir dor até uma determinada altura e depois fica camuflada, fechada num canto da nossa alma. O que fiz de mal? Onde errei? Eu deveria ter sabido que ia acabar, eventualmente tudo acaba. Não consigo parar de pensar nas promessas que foram quebradas. A minha mãe prometeu-me ficar comigo para sempre. Não ficou. O meu pai prometeu-me ficar comigo para sempre. Não ficou. Ele prometeu ficar comigo para sempre. Não ficou. A culpa é minha por ter acreditado.
Acabou tudo no banco onde começou. Estava a chover, ele olhou para mim e disse-me que já não dava, que já não era o mesmo. Entrei em choque, contudo obriguei-me a controlar os meus sentimentos e a reter as lágrimas. Não respondi. Virei as costas e vim para casa, onde agora te escrevo, ainda com as roupas encharcadas. Já tentei escrever esta entrada 77 vezes, 77 vezes rasguei a página. Tento convencer-me que é melhor assim, talvez seja. Quero-o culpar. Culpá-lo por não me ter apoiado quando o meu pai morreu há 5 meses atrás. Culpá-lo por me ter abandonado sem explicação. Culpá-lo porque agora estou completamente à nora.  
            E odeio-me. Odeio-me por ter saudades dele. Odeio-me por o ter amado.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Venho de uma família de trabalhadores, perto de Ponte de Lima. Os meus pais chamam-se Augusto Alves e Susana Guerra. O meu pai, na aldeia, é conhecido por: o filho do João Grande (o meu, já falecido, avô) - e eu conhecida pela: pequena do João Grande.
Desde o início da minha vida, que vivo na capital, mas passei muito tempo na terra.
Nasci a 18 de Fevereiro de 1998, em Lisboa. Não tenho datas muito importantes, senão de percas e nascimentos. Nada me fascina nesta minha curta vida, apenas como é possível a falta de liberdade nesta democracia, mas isso não é assunto para a minha autobiografia.
Muitos consideram-me fria, no entanto engraçada, pouco sentimentalista, mas amistosa. Não passam de contradições, tal como é baseada a minha existência, contudo apenas diz isso quem não conhece a minha história nem o que sou.
Não há muito a dizer sobre a minha pessoa, apenas o que eu deixo, pois os meus pensamentos são o meu mundo, talvez seja autista ou esquizofrénica, talvez não saiba o que estou a dizer, ou até mesmo não seja nada mais que uma louca, nada me impede de guardar os meus segredos, nada me motiva a existência, a não ser quem amo, mas é segredo...

T.B

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A Minha Pequena Autobiografia.


Nasci em Portugal no dia 3 de abril, às 21 horas e 14 minutos. Tenho 16 anos, quase a fazer os 17.

Jogo voleibol desde 2011 e sou passadora principal desde 2013. Participei em 3 torneios de desporto escolar, ficando sempre em 2º lugar. Também já fiz voleibol de praia, mas só por umas semanas, e apenas no verão. É o deporto ao qual mais me dediquei em toda a minha vida e é aquele que mais tenho gostado de praticar.

Frequento o 10º ano, do curso de Ciências e Tecnologias. Recuei um ano por opção, tendo notas para passar e sem disciplinas atrasadas, porque não gostei do curso de Ciências Socioeconómicas.

Sempre fui uma pessoa irrequieta e desportiva, teimosa como tudo, determinada e com as ideias bem definidas. Tenho os melhores amigos do mundo e sou muito amada. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Nasci no hospital da Amadora no dia 23 de Setembro de 1999. O meu tempo começou com essa data e extende-se até hoje. Atualmente tenho 15 anos, e apesar da idade, já levo lições importantes da vida.
Sou muito preocupada, sempre o fui, principalmente no que toca à escola e ao meu futuro. Um ano que me marcou particularmente neste aspeto foi o 9º ano, pois este é o limiar da mudança, o ano em que se escolhe o curso, o caminho a seguir. Apesar de muitas inseguranças acabei por escolher o curso de Ciências que se adequa mais aos meus interesses e me desperta curiosidade, pois está numa das áreas em que gostaria de fazer futuro. 
A minha maior insegurança em relação a este curso era a matemática, disciplina a qual nunca fui boa nem muito interessada. No entanto as dificuldades ultrapassam-se e com trabalho, e mesmo não sendo fácil, consegui superar este percalço e aguentar-me até agora.
A conclusão que tiro deste meu calcanhar de Aquiles é que como diz o ditado "com trabalho e perseverança, tudo se alcança", e que a preguiça apenas nos desmotiva mais, não nos leva a lado nenhum.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tenho várias memórias, umas boas outras más mas (como toda a gente), todas elas são memórias das quais me orgulho e das quais gosto.
Gosto muito mais das memórias boas do que das más, por serem boas/positivas obviamente.Gosto de pensar nessas memórias, lembrar-me das que são mais antigas e falar delas.
Uma das melhores memórias que me lembro é uma já um pouco velhinha, que tem cerca de quarenta anos, a memória da comemoração dos meus dezasseis anos.
Fazer dezasseis anos foi como um marco para mim (como acho que foi para muitas pessoas), pois tornei-me mais responsável e um pouco mais adulto.
A celebração do meu aniversário foi dividida em duas partes uma no dia sete de Fevereiro (data do meu aniversário) e no dia dezassete do mesmo mês (que nesse ano fez parte dos dias de Carnaval).
No dia sete de manhã fui ver os jogos da equipa feminina de vólei da minha antiga escola, no entanto acabei por não ver muito dos jogos porque estive na mesa dos pontos de outros jogos e depois estive a jogar.
Quando os jogos acabaram fui almoçar com o meu pai, o que era um costume nosso na altura e uma forma de criarmos e vivermos bons momentos juntos. Lembrou-me que ele me deu um "abre-olhos" como era habito dele dar-mos quando mais precisava (para isso é que servem os pais e as mães, para nos ajudar quando mais precisamos) e ainda bem que mo deu porque na altura estava muito confuso e o meu rendimento escolar não era o melhor.
À tarde fui para o grupo de jovens /catequese e fiquei lá até à missa, na qual toquei / tentei tocar os cânticos, o que não me correu muito bem pois estava sem pratica.
Depois de jantar e de já ter soprado as velas, fui com a minha mãe, a minha irmã e o meu padrasto ao teatro, fomos ao Dona Maria II e assistimos à peça "Cyrano de Bergerac" protagonizada por Diogo Infante".
No dia dezassete foi muito mais calmo, foi  passado em casa, e durante a tarde foram à minha casa cinco ou seis amigos e fizemos o que provavelmente muitos jovens faziam na altura, nos seus aniversários: vimos um filme e jogámos Playstation.
Foi um bom dia e foi uma ótima forma de mantermos o contato e de nos divertirmos todos juntos.
Foi assim desta forma primeiramente um pouco agitada e depois mais calmamente, que celebrei os meus dezasseis anos e foi assim que criei uma das muitas boas lembranças da minha vida

O Indeciso

SOBREVIVENTE

Dia 10 de fevereiro , fui destacado na academia militar, lembro me de ter ficado boquiaberto , eu mais 4 militares de topo , os melhores, entre os melhores. Foi nos dito que tinhamos poucos dias para nos meter mos em forma , iamos para a floresta tropical. O nosso objetivo, recuperar o MEDALHAO DOURADO , simbolo sagrado do nosso pais. Dez dias antes o medalhao foi roubado por membros da tribo titita, e nos estavamos determinados a recupera lo, independentemente do que acontecesse. Durante alguns dias fizemos treino fisico , e mental tambem, ao fim de algum tempo estava mos prontos.                                                                              15 de fevereiro , estavamos prontos e decididos, so me lembro de levantar voo num daqueles avioes militares super rapidos , e de perder de vista a minha terra , onde estava a minha familia, ia ter saudades , mas vida de militar e assim mesmo . Durante seis horas seguidas so se via oceano , mais nada , nada de terra , nada de solido , so um um imenso oceano liquido e vasto.                                Finalmente se avistou uma floresta densa e humida , lembro me de nos terem dito que era ali , que iamos atuar . O nosso alferes-mor , despediu sse de nos e foi sse , tao rapido como um piscar de olhos , bolas o aviao era mesmo rapido . Bem eu cheguei me a frente, e decidi organizar os comandos, cada militar tinha uma catana , um cantil de agua , e a roupa que trazia vestido, sabia que estavamos algures no equador, e escurecia ao meio dia , por isso tinhamos exactamente 2 horas . Eu e o meu esquadrao dividimo nos e tinhamos de ir a procura de materiais que nos podessem ser uteis para a nossa sobrevivencia. Eu e o meu companheiro recolhemos bambu e canas , e os outros tres recolheram madeira seca . Caiu a noite , com a madeira seca acendi uma fogueira , e com os bambus
fiz um abrigo para os cinco . Acordamos com o nascer do sol , e com aquele alarido maravilhoso das diferentes aves canoras , resolvi reunir o esquadrao e dar umas pequenas informacoes indespensaveis para a sobrevivencia de cada um .
PRIMEIRA - Sobrevivemos 3 semanas sem comida , 3 dias sem agua 
SEGUNDA - em questoes de sobrevivencia devemos sempre estabelecer prioridades 
Acabada a palestra decidimos tomar de novo a rota de encontro com a tribo titita, seguimos para sul , que era para onde o rio corria , andamos ,andamos , andamos , e nem sinais da tribo , eu e os meus homens estavamos a ficar desidratados, sabia que nao podiamos beber agua do rio , pois este continha uma especie caracteristica a perca , peixe de agua salobra , mas um dos meus homens num ato de desespero correu ate ao rio e saciou a sua sede. Infelizmente passado poucas horas morreu . Agora ja so quatro , passamos a ter o dobro do cuidado, mas de nada serviu , um outro militar morreu devido a subnutricao .
Como chefe de equipa decidi assentar num sitio , e pensar e organizar um plano para o resto da jornada . E assim foi , bebemos agua , comemos uma  carcaça de javali ja morta , e seguimos viagem. Depois de andar muito deparamo nos com uma queda de agua decidimos conjuntamente que iriamos saltar aquilo que pareciam 30 metros , ate a agua . E assim foi fui primeiro , dei cinco passos atras , e corri pela minha vida , parecia uma eternidade aquele tempo que estive no ar , mas depois BUM , bati na agua .
Logo de seguida um outro militar , BUM ,bateu na agua e passado 40 segundos veio a superficie .
Por ultimo o terceiro , BUM , bateu na agua de chapao , passado 2 minutos veio a tona , percebi que estava morto .Nao era altura para lamentos tinha a minha patria ao peito e nao era naquele momemto que eu iria parar. Nadamos ate as margens do rio , e avistamos pessoas ao longe, aproximamo nos e ao que parecia , numa gruta estavam pessoas a falarem uma lingua que eu nao reconhecia 
ate que saiu um deles com qualquer coisa brilhante no peito, nao era qualquer coisa ,era o MEDALHAO DOURADO , decidimos aborda lo , mas ele assusta se e puxa do seu arco e flecha e atinge mortalmente o meu companheiro . O homemzinho revela se arrependido , e decide hospedar me na sua tribo. A noite cai num apice e ele convida me a dormitar numa das suas casinhas rupestres , e eu aceitei . Durante a noite , levanto me , e decido recuperar o MEDALHAO DOURADO , e fujo para bem longe , estava frio naquela noite , eu sei bem que estava frio , mas hoje tenho o meu coraçao reconfortado ao saber que o MEDALHAO DOURADO , esta de novo de volta a casa 



























Este texto era para ter sido escrito no dia 6 de fevereiro.

Querido diario,

 O meu dia de hoje começou muito bem, não tive metade das aulas que iria ter, o que foi muito bom já que foi o ultimo dia com testes, por isso nada de estudos nem hoje nem amanhã.
Entretanto á tarde, recebi visitas inesperadas assim que sai de casa, dei de caras com um "deja vu", nesse momento posso afirmar que começou o meu dia a piorar.
 
Posso dizer que a minha ultima aula estava a correr lindamente, talvez por ser a ultima, bem não interessa estava a correr mesmo muito bem, até sair pelo portão da escola... Assim que xeguei a uma avenida perto da minha escola, assisti a um atropelamento de um cão...Tão inocente, tentei chegar perto dele, já que ninguem o ajudava e o homem que o atropelou fugiu, quando tentei ajudá-lo ele nem conseguia se levantar, estava tão nervoso que acabou por morder o meu dedo. Acho que nem me doeu, eu só estava preocupada com o cão, nem sei como é possivel existirem pessoas que não e preocupam com estes animais.

Nota: devo ter demorado 2 horas para escrever este texto, o meu dedo tá gigante.




 




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Querido Hugo, hoje eu escrevo-te , depois de 5 anos sem dar notícias eu acho que tenho a obrigação de escrever-te e explicar-te tudo o que aconteceu e a razão pela qual eu fugi ...
Bem, lembras-te quando eu te disse que andava enjoada e com vómitos ? eu não te quis dizer mas estava grávida , infelizmente era uma gravidez de risco, eu não quis contar-te porque logo quando nos conhecemos tu já dizias que não querias ter filhos, odiavas crianças e que se engravidasses alguém, irias provavelmente exigir que abortasse ... Eu sou contra o aborto e acho uma extrema estupidez odiar uma criança pois tu já o foste!
Bem, a criança que eu esperava nasceu  o dia 14-09-2010, felizmente nasceu com saúde e eu dei-lhe o nome da tua avó, Andreia,  pois sei que era uma pessoa muito importante para ti, agora ela já está grandinha e é tão parecida contigo, as vezes fico triste e sem saber o que dizer quando ela pergunta pelo papá ...
Mas hoje dou-te a oportunidade de te redimires e conheceres a tua filha, espero também que neste período de 5 anos sem mim, que tenhas mudado a tua atitude e opinião sobre crianças, pois sem elas nós não tínhamos felicidade, não sorriamos!
Deixo aqui a minha morada, se resolveres mandar uma carta ou vir cá a casa, serás sempre bem-vindo , este é o paradeiro da tua filha:
Rua Santos de Jesus, nº22, 5ºesquerdo , S. Bento.
Fico á espera de uma resposta tua, beijos Carolina.
 


Nutella De Neve

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


Nascida em Lisboa, passei a maior parte do tempo entre a casa da minha avó, no norte, e a casa da minha mãe, já que esta trabalhava no hospital por turnos. A minha mãe nem sempre trabalhava durante o dia, o que fazia com que a minha avó tivesse de vir para que eu não ficasse sozinha à noite.

Alegre, divertida, é como a maior parte das pessoas me descreve, prestável, estando sempre pronta para ajudar e, também, teimosa, característica que vai permanecer comigo para sempre!

Da minha infância guardo memórias de tempos muito felizes, como as férias com os meus primos que só os via no verão, do campismo que fazia com os meus tios no Algarve. Vivia despreocupada com o mundo, na ingenuidade da infância.

Lembro-me de acordar todos os dias por volta das 6 h da manhã e ir para a sala ver desenhos animados. Lembro-me do meu primeiro dia de aulas, de estar entusiasmada e ansiosa para ir para a escola.

Os meus pais ensinaram-me valores importantes para viver em sociedade, através do seu exemplo. Valores que prezo e que levarei comigo para onde quer que a minha vida me leve.

A minha vida não tem muito de diferente de tantos outros jovens da minha idade. Vou para a escola todas as manhãs, volto para casa para almoçar e fico por lá a estudar. Faço tudo o que um típico adolescente faz.


Terei muitas saudades dos meus tempos de infância, pois irei sempre que possa, relembrar esses momentos e guardá-los-ei para sempre no meu coração.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

 
 
Nasci a 19 de Fevereiro de 1491, numa familía da burguesia portuguesa.
Sempre vivi em Lisboa onde fiz vários amigos e onde, em 1511, completei os meus estudos. Trabalhei alguns anos como comerciante em Lisboa, comerciava os produtos trazidos pelos portugueses das terras longínquas que haviam descoberto. Vivia bem em Lisboa, o meu trabalho era bastante lucrativo, contudo o meu sonho sempre foi conhecer locais novos e viajar para outras regiões do mundo. Assim em 1915 alistei-me para uma viagem a uma das colónias portuguesas para ajudar a trazer de lá riquezas para Portugal.
A viagem de ida foi calma, o mar não estava muito agitado e apanhámos bons ventos, atravessámos assim facilmente o Oceano Atlântico.
Quando chegámos a terra firme fiquei encantado com a beleza daquele sitio estranho e desconhecido. Ficámos alguns dias a carregar todas as embarcações da frota do rei D.Manuel I. Ao fim de três dias estávamos a levanter ancora. 
Fiquei a contemplar aquelas terras do barco até desaparecerem por complete no horizonte.
Tudo coria bem até que depois de quarto dias de navegação o céu começou a ficar negro como se tivesse ficado de noite, o calmo silêncio do alto mar foi substituido pelos estrondos dos trovões mais fortes do que os canhões do navio. Começou a chover torrencialmente, as velas foram recolhidas para não serem danificadas pelos fortes ventos que sopravam. A água que se acumulava no convés era retirada com baldes pelos marinheiros, estávamos no meio de uma tempestade.
Passado algum tempo o barulho dos trovões tinha cessado, o céu voltara a estar Azul e a calma reinou novamente, contudo dois dos navios da frota desapareceram, provavelmente afundaram-se. Eram dois dos navios que transportavam pólvora, armas, balas de canhão e que faziam parte da escolta que acompanhava o grande navio com todos os tesouros das novas terras portuguesas.
Continuámos a nossa viagem de regresso.
Passados alguns dias estavamos já perto da nossa terra, contudo a sorte não nos estava destinada para esta viagem, ao largo do oceano vislumbrava-se um barco pequeno, rápido e que vinha na nossa direção, não foi preciso muito tempo para nos apercebermos que se tratava de um ataque de piratas. De imediato os navios da escolta prepararam as armas esperando o ataque, na esperança de proteger o valioso espólio do grande navio. A batalha durou pouco tempo, contudo foi o suficiente para afundar o barco pirata e, infelizmente, também o grande navio com todas as suas riquezas.
Conseguimos chegar a Portugal passados alguns dias.
Depois desta viagem em que quase perdi a vida decidi voltar ao meu antigo trabalho de comerciante, em Lisboa. Foi também em Lisboa que, em 1517, conheci a mulher da minha vida com quem me casei e com quem tive um filho.
Hoje já estou velho e cansado e recordo estes acontecimentos da minha vida que me ajudaram a crescer e a tornar-me no homem que sou.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O meu nome é BIC e tenho 46 anos.
Nasci no dia 17 de Junho de 1968, em Vila Verde distrito de Braga.
A minha infância não foi das melhores porque o meu pai morreu e eu não tive tempo de o conhecer. Naquela altura brincava, ao elástico, ao mata e as vezes até com as bonecas que fazíamos de pano.
Acabei a escola com 15 anos porque a minha família não tinha dinheiro para pagar, mas como o meu irmão foi diferente.
Aos 18 anos vim para Lisboa para ver se encontrava um trabalho estável e aos 19 encontrei o meu primeiro trabalho, no bingo.
Aos 23 anos a minha mãe morreu como broncopneumonia e só fiquei eu e o meu irmão.
Aos 28 anos casei e dois anos depois nasceu o meu filho Carlos.   
Hoje, sou directora de uma empresa de comunicações e sou feliz.

BIC
  Nasci em 1945 numa grande cidade no Canadá, na qual vivi até aos meus dez anos de idade depois andei por França, Itália, Brasil até que a minha mãe decidiu que Portugal era o melhor sítio para viver.
  Ao longo da minha vida tive cinco maridos, no qual dois divorciei-me passado três anos de casamento e fiquei viúva dos outros três, só tive uma filha do terceiro casamento, e foi sobre ela que escrevi a maior parte dos meus livros e alguns poemas, tais como “As horas que pareceram anos” que fala sobre o dia em que ela nasceu, o “Feitiço para dormir” que fala sobre o acidente de carro que teve e devido a isso, entrou em coma e o “Deram-lhe asas para voar” que é considerado um dos meus melhores livros pelos críticos.

   Muitos consideram me uma pessoa rancorosa e orgulhosa, mas eu não acho, apenas ajo de acordo com as minhas crenças, tenho a total noção que vivi uma vida bela apesar de tudo e que sobe viver a vida e aproveitar cada momento. 
Querido diário,
Hoje o dia não podia ter corrido melhor! Para primeiro dia de aulas na escola nova, não foi nada mau, apenas cheguei atrasada a primeira aula, sempre a causar boa impressão! E para melhorar caí três vezes em plena escola, uma delas até que não foi assim tão má, pois caí mesmo em cima do rapaz mais giro da escola, sinceramente foi o ponto mais alto do meu dia, pois o resto foi só engasgar-me no meio do refeitório, quase que ia morrendo, todo o mundo ficou assustado sem saber o que fazer, mas graças a deus que veio um homem e começou a bater-me nas costas e eu cuspi aquilo que tinha entalado na garganta, esse homem foi um anjo que caiu do céu, porque se não fosse ele as pessoas iriam continuar especadas a olhar para mim sem fazer nada, por elas eu morria ali. Contudo de tão agitado que foi o meu dia adormeci no meio da aula.

E este foi o meu belo dia e concluo que sou um desastre da natureza e que devia ter continuado na aldeia e não ter mudado para a cidade.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sou Leadas,nasci no dia 1 de Dezembro 1981 em Argélia,tenho hoje 34 anos,vivi a minha vida com base na honestidade,sempre pensei no bem dos outros,sou uma pessoa sincera,gostava de ter feito muitas coisas mais do fiz visto a idade que já tenho,mas orgulho-me muito do que já fiz,nunca tive grandes êxitos pessoais,nada que venha a ser posto na minha biografia quando morrer,visto que nunca tive grandes ambições pessoais,as satisfações dos outros são a minha satisfação.
 Única coisa que posso dizer é que pelo menos fui o melhor aluno da minha turma no tempo de faculdade,gostava de ser visto como um pequeno ambicioso,ambicionei o  bem dos outros que para muitos é pouco mas para mim é muito,ver a felicidade na cara dos outros é coisa que me deixa feliz,eu não tenho mais nada a dizer,visto de fora a minha vida não tem nada para saber,mas de dentro vê-se  que o que eu fiz não foi pouco,gostava de ser lembrado como um Nobel da paz mesmo não ter vencido.A minha vida é isso,isso e mais nada.

                                                                                                             Leadas