sábado, 3 de janeiro de 2015

   Lembro me como se fosse ontem, o dia em que saí da instituição, para ir viver com os meus pais adotivos, numa mansão perto da cidade, algo completamente diferente do que estava habitado.
   No começo não gostei lá muito, de saber que ia viver longe dos meus amigos, que tinha na instituição, tive lá até aos treze anos de idade, via aquele lugar como se fosse a minha verdadeira família, o João e o Pedro eram os meus melhores amigos, além de brincarmos muito no jardim, pregávamos muitas partidas aos nossos colegas de quarto, íamos sempre parar ao gabinete do diretor para levar um sermão, até disso tenho saudades.
  Os meus pais adotivos eram muito importantes, por isso havia muitas regras, as quais eu tinha que me adaptar, tive aulas de etiqueta, piano e de violoncelo, estudei na melhor escola do país, para dar continuidade as impressas do meu pai. A minha mãe era muito amável, simpática e tava sempre pronta para ajudar todo o mundo, mas o meu pai era absolutamente o contrário era arrogante, só se interessava pelo trabalho e de levar a sua cadeia de impressas ao topo. Á medida que os anos foram passando tronei-me igual ao meu pai, arrogante e egoísta devido a morte da minha mãe e assim esquecendo as minhas origens, só dei conta disso com setenta e nove anos sentado no meu cadeirão em frete a lareira sozinho. 

Jasmine Monteiro 


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