terça-feira, 11 de novembro de 2014

Lisboa, 11 de Novembro de 2010

Escrevo pela primeira vez neste diário, que recebi há exactamente cinco meses, no meu décimo sexto aniversário . Foi  me oferecido pelo meu tio Fernando e na altura ele disse-me para o usar diariamente, para escrever nele todos os dias, quer fosse apenas uma palavra quer fosse um texto que ocupasse duas páginas, mas para escrever sempre, de forma a que se tornasse um habito.
Não percebi qual a razão que o levou a dizer me aquilo e como não tinha o costume nem o gosto de ler e muito menos escrever, arrumei o diário numa prateleira do meu quarto.
Lá o guardei e lá ficou, até este dia, no entanto não sei bem porquê, se por necessidade ou apenas curiosidade, hoje agarrei no diário, abri-o e aqui estou, a escrever,a despejar tudo o que me vem e veio a cabeça durante o dia. São coisas desinteressantes e nada importantes, mas escrevo-as de qualquer forma.
Agora que comecei a escrever no meu primeiro diário julgo ter compreendido as palavras e o desejo do meu tio. Ele desejava que como ele eu começasse a escrever e ganhasse este bichinho que agora nasce em mim, o bichinho da escrita e da leitura, que pretendo desenvolver e aperfeiçoar ao longo da minha vida.

O Indeciso

2 comentários:

  1. Todos devíamos ter um tio como o Fernando =)

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  2. É bem verdade :)
    No entanto se não tivermos nenhum, sempre podemos ser o nosso próprio tio Fernando ou sê-lo para outra pessoa
    (ps: peço desculpa pela demora na resposta ao comentário)

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