domingo, 14 de dezembro de 2014

Ainda hoje me lembro dos momentos felizes que passei quando era pequena.

Raramente estava em casa aos fins de semana, a casa dos meus avós era basicamente a minha casa, e os meus avós os meus segundos pais.
Quando a minha avó ainda trabalhava, eu ficava sozinha o dia todo com o meu avô, ele sempre odiou cozinhas mas não se como ele dava-me a entender que era um prazer cozinhar para mim, passava horas infindáveis a contar-me histórias de quando estava na tropa, tinha a paciência de me ensinar jogos de quando era pequeno, dizia que tinham de passar de geração para geração.

Esses foram provavelmente os melhores tempos que já vivi, era a única neta logo toda a atenção para mim, tal como tudo o que queria, hoje em dia já há mais netos e a idade e paciência dos meus avós já não é a mesma. Se eles soubessem ou fizessem uma ideia do quando me custa ver o quanto estão velhos e cheios de problemas de saúde, ficariam surpreendidos, custa-me ver as pessoas que mais amo e mais prezo assim, cheios de problemas e complicações.
Há dois aniversários meus atrás ele não pode estar comigo, pela primeira vez em 16 anos, não me pode cantar os parabéns, não me pode abraçar nem dizer o quanto gosta de mim, foi certamente o pior aniversário que já tive. 
Não suporto a ideia de algum dia deixar de o ter na minha vida, não imagino a minha vida sem o Homem que fez e faz tudo por mim, que me tornou na pessoa que sou hoje.

ISGM

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