domingo, 17 de maio de 2015

“Quando escrevemos para blogue em atividades escolares sentimo-nos menos alunos e mais bloguistas?

Durante séculos o ser humano recorreu à escrita para preservar o momento em que vivia, os costumes, a história, os pensamentos, para se preservar na esperança de deixar uma marca da sua existência quando partisse. Ao longo do tempo o método foi variando, desde rochas, a papiros, passando pelo papel e agora, entramos numa nova era, a era digital, onde a escrita é feita através de sms, tweets, blogues.
Vivemos na época da preguiça, do descartável, da escassez de tempo e claro do egocentrismo. A nossa escrita revela isso mesmo, escrevemos mensagens rápidas com abreviaturas, dizemos aos nossos seguidores o que se passa na nossa vida em 140 caracteres como se isso fosse relevante, por fim temos os blogues, que por fora podem parecer pedras normais, mas que dentro de si podem ter gemas preciosas, ou não… Podemos encontrar blogues sobre diversos temas, o autor escreve sobre o que apaixona. Os blogues são algo curioso, são um bicho em metamorfose, estão em constante mudança. A própria plataforma está desenhada para que assim seja: é fácil apagar, editar, personalizar. A sua existência de certo modo banalizou a escrita, permitiu não só que textos magníficos sejam facilmente alcançáveis como também que a pessoa comum possa partilhar o seu talento.

Quando escrevemos num blogue somos menos alunos e mais bloguistas, porque quando escrevemos não interessa o porquê, se somos obrigados ou não, o importante é que estejamos a escrever e simplesmente nos deixemos levar. 

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